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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Perseverança

Faz duas semanas que não escrevo. Estou cansada. Mentalmente cansada. E a correria também não foi pouca. Minha irmã se casou, muitos compromissos e também estamos preparando as merecidas férias....

Mas nada disso é desculpa para que eu não tenha escrito. Não desistir é o lema e, para isso, nada mais importante do que a perseverança. 

Entre rupturas e casamentos, triunfos e frustrações, me veio à mente justamente a perseverança. Nesta semana faço 2 anos de casamento. Alguns casais muito queridos também comemoram bodas de todas as "nomenclaturas" neste mês. Histórias lindas de amor e perseverança. Porque, sem ela, a PERSEVERANÇA, não se vai a lugar algum.
Hoje, também, recebi uma mensagem de uma grande amiga que me disse que o blog tem ajudado a encontrar inspiração. Ela também, numa linda demonstração de cuidado, sabedoria e carinho, escreveu um lindo texto de incentivo a uma amiga, sobre a importância de não desistir. De enfim, perseverar. 
Perseverar não é só insistir em alguma coisa ou em algum sonho. Perseverar é nutrir bons sentimentos, é pautar-se por boas ações, é buscar ser feliz com as coisas que realmente importam, é fazer os outros felizes em pequenas e grandes coisas. Histórias de sucesso, sejam quais forem os objetivos: superação, amor, família, finanças, realizações, doação, caridade, etc., sempre são permeadas de perseverança. Não se consegue manter um grande amor, uma família, um lar, sem muita perseverança. Também não se consegue uma aprovação em concurso ou um grande cargo sem perseverar. A perseverança é parte do caminho, assim como a frustração. Frustrar-se faz parte do processo e é necessário ao crescimento. Temos a péssima tendência de não dar valor ao que recebemos facilmente. Então, a tática dos pais para nos educar é sempre dificultar nossas conquistas. Desse modo, além de darmos valor ao que temos e recebemos, conseguimos perceber o quanto aquilo que queremos é importante e, principalmente, se é mesmo importante.
A frustração é a ferramenta que Deus usa para nos testar e ver o quanto realmente queremos aquilo que lhe pedimos com fervor. A perseverança é o dom, que Ele nos deu, para provarmos que realmente somos dignos de sua benção e o quanto a desejamos.
Não desperdice nem faça pouco dos dons de Deus. Persevere, ore, caminhe, lute. Faça por onde e Ele lhe abençoará. Pois também para Deus, desistir não está nos planos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Conciliação

Etimologicamente a palavra conciliação, deriva do latim “conciliatione”, cujo significado é ato ou efeito de conciliar; ajuste, acordo ou harmonização de pessoas; união; combinação ou composição de diferenças.[1]
No universo do judiciário brasileiro, hoje, muito se fala de conciliação. Nesse sentido, a prática é uma nova tendência na solução dos conflitos que chegam às portas da Justiça.
Viciada em novas experiências e aprendizados, realizei um curso de Conciliação e Mediação e agora atuo como voluntária, uma vez por semana no âmbito do judiciário federal.
Nesse campo de atuação, as questões de litígio são quase sempre patrimoniais. Mas carregam, em si, uma carga emocional muito grande. A dívida, às vezes, é o menor dos problemas. O que levou as pessoas até ela é que, no mais das vezes, está precisando ser conciliado.
Mas conciliação é mais que ajudar as pessoas a encontrarem soluções para seus problemas práticos do dia a dia. 
Nesse processo é necessário, muitas vezes, deixar de lado questões que aparentemente nos são relevantes, mas que no fim das contas, não são tão fundamentais. Antes de se jogar em um conflito, sempre devemos pensar no que e pelo que realmente vale a pena brigar.
Depois que ele já está instalado, devemos buscar com determinação  uma solução adequada e justa. A composição é a melhor saída. Também é importante a educação para a paz e para as soluções pacíficas. 
Para que se consiga chegar a um acordo e a um bom acordo, é necessário que as pessoas consigam enxergar a possibilidade não só de se conciliarem com o outro, mas, principalmente, se conciliarem consigo mesmas. Para viver bem é necessário "se desarmar". Buscar o equilíbrio, a paciência, o discernimento, o bom senso. Dessa forma, viveremos bem. Conosco, com o outro, com a sociedade.
  

[1]http://www.ejef.tjmg.jus.br/home/files/manual_conciliadores/arquivos_hot_site/pdfs/t05_conciliacao_conceito.pdf

sábado, 5 de maio de 2012

Ruptura

A semana foi curta. Feriado, chuva, muita coisa por fazer, expectativas frustradas, ansiedade por acontecimentos que estão chegando. Vida normal, afinal.
No meio disso tudo, acabei não tendo inspiração e tempo para escrever antes. Hoje, com um pouco mais de calma e olhando um caderno antigo, encontrei algumas anotações dos tempos da terapia. É sobre um livro que sequer acabei de ler e deve estar perdido em alguma prateleira, como tantos outros.
Ele se chama "Ponto de ruptura e transformação" de George Land e Beth Jarman. A muito grosso modo, pontos de ruptura, são momentos limites, onde uma fase termina, dando lugar a algo novo. Um momento necessário à transformação.
Por uma dessas coincidências da vida, nesta semana recebi a notícia da ruptura definitiva de um casal de amigos muito queridos. Essa história, em meio a tantas outras parecidas que me cercam e me assombram de vez em quando, deu inspiração, inclusive, para a criação do nome deste blog. Nada mais propício, então, do que falar sobre rupturas.
As rupturas sempre causam dor, sofrimento, angústia. Rompemos conosco e com alguns de nossos sonhos e projetos várias vezes na vida. Rompemos com aquilo que desejavam por nós, para descobrir por conta própria o que queremos, rompemos as barreiras do preconceito, da frustração, da maldade alheia, das dificuldades impostas pela vida e daquelas que nós mesmos inconscientemente nos colocamos. 
Das coisas que já vivi e principalmente daquelas que vi, a ruptura mais dolorida que presenciei e infelizmente continuo presenciando, é justamente a do fim de um casamento. Vocês podem me perguntar: mas e a ruptura da morte? Bom, essa dói também e muito. Mas é algo que já nascemos sabendo que pode e vai acontecer. É inevitável. Foge ao controle. 
A falência de um casamento é uma frustração. Uma assinatura do fracasso. Ninguém casa pensando em se separar. A expectativa é que seja para a vida toda e quando vem a ruptura, ela atinge a todos. Rompe-se  não só com o outro mas se rompe, também, com o ideal. Rompe-se com o sonho, rompe-se com a ilusão, rompe-se com o amor, rompe-se com a vida construída, rompe-se com a forma de família que se esperou, rompe-se consigo mesmo e com tudo que se acreditou construir.

Situações assim mexem muito comigo. Presenciei algumas histórias que embora não estivessem diretamente ligadas a mim, marcaram muito a minha vida e continuam marcando.
Não é segredo para os que me conhecem que eu nunca acreditei no casamento. E eu nem sei dizer o motivo. Também é verdade que eu jamais pensei em me casar e quando percebi já estava lá...no altar. Também é verdade, que até bem pouco tempo, achava que se algo saísse errado, as pessoas tinham mais é que jogar tudo pro alto e partir para outra. Mas graças a Deus a gente muda. E muda sempre.
Depois que me casei e que vi outros casamentos quase ruindo a minha volta, entendi que é tão difícil construir o que temos com o outro, que devemos a todo custo tentar fazer com que permaneça. Mudar hábitos, atitudes, abrir mão de várias coisas (nunca do amor próprio), e principalmente, entregar na mão de Deus a nossa vida e daqueles que amamos.
Nem sempre o que desejamos é o melhor. Mas desistir não está nos planos. Tem coisas que se quebram e não mais se consertam. Tem outras que é possível restaurar ou pelo menos não deixar que se deteriorem mais e mais.
Não devemos permitir que o amor se transforme em raiva. Também não devemos nos deixar ferir de forma a não suportar. Pior do que a dor da separação é o desgaste da boa relação que deve permanecer entre o casal para o bem da família (essa, nunca se desfaz).
Mas suportar e tentar, até o limite das forças, para que, caso a ruptura seja inevitável, isso aconteça de forma que a  consciência esteja tranquila a ponto de acreditar que tudo o que era possível foi feito. 

Também é preciso viver a dor. Sem o luto, a gente não se restaura. E depois... depois o tempo, apesar das marcas, tudo cura. E não se pode desistir do mais belo sentimento: o amor.