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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Conciliação

Etimologicamente a palavra conciliação, deriva do latim “conciliatione”, cujo significado é ato ou efeito de conciliar; ajuste, acordo ou harmonização de pessoas; união; combinação ou composição de diferenças.[1]
No universo do judiciário brasileiro, hoje, muito se fala de conciliação. Nesse sentido, a prática é uma nova tendência na solução dos conflitos que chegam às portas da Justiça.
Viciada em novas experiências e aprendizados, realizei um curso de Conciliação e Mediação e agora atuo como voluntária, uma vez por semana no âmbito do judiciário federal.
Nesse campo de atuação, as questões de litígio são quase sempre patrimoniais. Mas carregam, em si, uma carga emocional muito grande. A dívida, às vezes, é o menor dos problemas. O que levou as pessoas até ela é que, no mais das vezes, está precisando ser conciliado.
Mas conciliação é mais que ajudar as pessoas a encontrarem soluções para seus problemas práticos do dia a dia. 
Nesse processo é necessário, muitas vezes, deixar de lado questões que aparentemente nos são relevantes, mas que no fim das contas, não são tão fundamentais. Antes de se jogar em um conflito, sempre devemos pensar no que e pelo que realmente vale a pena brigar.
Depois que ele já está instalado, devemos buscar com determinação  uma solução adequada e justa. A composição é a melhor saída. Também é importante a educação para a paz e para as soluções pacíficas. 
Para que se consiga chegar a um acordo e a um bom acordo, é necessário que as pessoas consigam enxergar a possibilidade não só de se conciliarem com o outro, mas, principalmente, se conciliarem consigo mesmas. Para viver bem é necessário "se desarmar". Buscar o equilíbrio, a paciência, o discernimento, o bom senso. Dessa forma, viveremos bem. Conosco, com o outro, com a sociedade.
  

[1]http://www.ejef.tjmg.jus.br/home/files/manual_conciliadores/arquivos_hot_site/pdfs/t05_conciliacao_conceito.pdf

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